“A operação continua”, diz secretário sobre ação policial no RJ

11/11/2025

Victor dos Santos defende atuação das forças de segurança no estado e afirma que criminosos são monitorados

Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos
Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos

A megaoperação contra o Comando Vermelho, realizada pelas forças de segurança do estado no dia 28 de outubro, resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais.

Segundo o secretário, o planejamento da ação durou dois meses e previa a retirada dos corpos apenas na manhã seguinte ao confronto, nos complexos da Penha e do Alemão.

"O planejamento da ação foi feito por 60 dias. Existem situações que acontecem no terreno que mudam o planejamento, mas a maioria do que aconteceu estava previsível", explicou. "O planejamento era voltar no dia seguinte, amanhecendo, e conseguir identificar os corpos. À noite, não é razoável pedir para um policial ligar uma lanterna para procurar um criminoso baleado, ou ele vai ser alvo de tiro", completou o secretário.

Durante o programa, Victor dos Santos classificou a operação como um marco na repressão à facção. "Eu continuo afirmando que a operação foi um sucesso. Foi o maior baque que o Comando Vermelho sofreu em um único dia, com repercussão nacional." O secretário acrescentou que 42% dos criminosos identificados pertenciam ao núcleo duro das facções e eram desconhecidos da Justiça.

Discussão sobre lei antiterror

O secretário também comentou os projetos de lei em debate no Congresso Nacional que tratam da equiparação de crimes de facções e milícias ao terrorismo. Ele declarou ser favorável a um endurecimento das punições, mas sem equiparar diretamente as organizações criminosas a grupos terroristas.

"Sou a favor de alongar um pouco mais sobre o tipo penal previsto na lei antiterror. O que as facções fazem dentro da comunidade são atrocidades. Não é transformar o Comando Vermelho em uma organização terrorista, são coisas distintas", afirmou.