Ataque russo com 600 drones e mísseis mata 4 em Kiev

29/09/2025

Ofensiva é considerada uma das mais intensas desde o início do conflito

A Rússia lançou mais 600 drones e mísseis contra a Ucrânia entre a noite de sábado (27) e a manhã deste domingo (28), em uma das maiores ofensivas desde o início do conflito. De acordo com as autoridades locais, ao menos quatro pessoas morreram em Kiev, incluindo uma menina de 12 anos, e dezenas ficaram feridas.

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, Moscou disparou 595 drones e 48 mísseis, entre eles dois balísticos e mísseis de cruzeiro. As defesas aéreas derrubaram 568 drones e 43 mísseis, mas vários alvos civis foram atingidos, como prédios residenciais, um centro médico e uma escola de educação infantil na capital, segundo informações da Reuters e da AFP.

Nas redes sociais, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que o Instituto de Cardiologia de Kiev também foi atacado. Pessoas que estavam internadas ficaram feridas.

Segundo o exército ucraniano, este é o terceiro maior ataque já registrado desde o início da guerra em 2022. Autoridades relataram 42 feridos em Kiev e região, além de 31 em Zaporizhzhia, no sul do país.

Incêndios foram registrados em diferentes cidades, e a orientação oficial é de que os moradores permaneçam em abrigos até os drones serem completamente abatidos.

Em resposta à escalada, a Polônia enviou caças para proteger seu espaço aéreo após relatos de incursões de drones russos próximos à fronteira. "Essas medidas são preventivas e visam proteger os cidadãos", disse o exército polonês em comunicado.

Zelensky classificou o episódio como um "ataque vil" da Rússia, por ser realizado após a semana da Assembleia Geral da ONU. Ele lembrou que a Ucrânia recebeu sistemas de defesa antimísseis Patriot e espera novas baterias da Alemanha ainda este ano.

"Putin deve saber que cada ataque desse tipo o aproxima de ter ativos russos usados para defender a Ucrânia", declarou o ministro das Relações Exteriores, Andriy Sybiha.

Moscou admite ofensiva

Moscou, por sua vez, confirmou a autoria do que chamou de "ataque massivo" contra a infraestrutura militar da Ucrânia, com indústrias de defesa e campos de aviação. No entanto, negou ter mirado em civis.