Bombeiras de todo o país se reúnem em Curitiba para competição

30/10/2025

Ação serve como prova do talento das profissionais

Esquipes femininas do Corpos de Bombeiros de todo Brasil se reuniram no décimo Encontro Nacional de Bombeiras Militares (ENBOM), que se encerra hoje (30). O destaque do dia foi a competição "Bombeira de Garra", simulando um resgate em meio a desafios típicos da profissão. O primeiro lugar da competição foi às bombeiras de Segipe, mas o prata foi do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). 

A ENBOM é referência na valorização da atuação feminina na área e é reconhecida no nível nacional por impulsionar a representação femininca no Sistema de Segurança Pública.

A edição de 2025 teve como árbitra-geral da competição e responsável pela organização das provas a major Geovana Angeli Messias, comandante da 1ª Companhia Independente de Bombeiro Militar do Paraná. Em 2022, ela deixou sua marca na história da corporação como a primeira mulher a assumir o comando de uma unidade operacional no Paraná.

"O objetivo da competição é mostrar o potencial operacional das bombeiras militares de todo o Brasil e incentivá-las a se manterem em constante treinamento e prontidão para atender a população na missão constitucional do bombeiro, que é salvar e proteger", destacou a major Geovana.

HABILIDADES

Com base no conceito internacional de "Firefighter Down", a Bombeira de Garra simula o resgate de um bombeiro em perigo e testa habilidades em cinco fases técnico-operacionais: equipagem; montagem de linha de ataque e combate a incêndio; transposição de local de difícil acesso; localização, acesso e remoção da vítima; e arrombamento com transporte até a zona fria. Cada equipe, formada por duas ou três bombeiras da ativa, tem até 15 minutos para concluir o circuito — tempo em que coragem, técnica e espírito de equipe se tornam os principais aliados.

Além de evidenciar o preparo físico e emocional das competidoras, a atividade reforça compromissos institucionais ligados à Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), ao eixo de valorização dos profissionais de segurança pública, e ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da Agenda 2030 da ONU, que trata da igualdade de gênero e do empoderamento de mulheres e meninas.

Ao final da competição, as bombeiras de Sergipe ganharam a medalha de ouro. A prata foi conquistada pelas paranaenses e o bronze ficou com as militares do Espírito Santo.

Para a major Geovana, encerrar o ENBOM com a competição representa um símbolo do avanço e da união entre as bombeiras. "O evento fecha com chave de ouro. A competição é um momento não só de disputa, mas de confraternização e troca entre as participantes de todos os estados. Ela desperta o sentimento de pertencimento e mostra a nossa capacidade de atuar com excelência em uma profissão que exige preparo e dedicação constantes", afirmou.

"Com a Bombeira de Garra, o ENBOM 2025 reforçou o protagonismo das mulheres no Corpo de Bombeiros e celebrou duas décadas de conquistas no Paraná, consolidando a promoção da equidade de gênero no Estado e o fortalecimento da atuação feminina na segurança pública", completou.