Casal suspeito de desviar dinheiro de empresário encomendou a morte dele para encobrir furtos e o manteve em cárcere privado por dias
Casal era listado como contato de emergência de Ricardo de Oliveira Osinski e foi acionado quando ele foi internado. Após alta, suspeitos o levaram para casa e ele foi encontrado morto 14 dias depois, diz polícia. Defesas dos envolvidos disseram que ainda não tiveram acesso aos autos.
O casal que desviou dinheiro do empresário Ricardo de Oliveira Osinski e encomendou a morte dele para encobrir os furtos manteve o homem drogado e em cárcere privado por dias, segundo o delegado Luis Gustavo Timossi.
A vítima foi levada à casa dos suspeitos no dia 12 de março, um dia após receber alta do hospital. Ele foi internado devido a um acidente ocorrido em uma pousada onde estava hospedado e o casal foi acionado pela equipe médica por estar listado como contato de emergência de Ricardo.
Duas semanas depois, o corpo do homem foi encontrado em uma estrada da área rural de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. No mesmo dia, o casal foi filmado fazendo compras com o cartão bancário da vítima, segundo o delegado.
Desde o início das investigações, a polícia tentava descobrir se Ricardo ficou as duas semanas na casa dos suspeitos por vontade própria ou não.
A confirmação do cárcere privado aconteceu na terça-feira (29), após a prisão de um homem de 25 anos, que confessou ter cometido o assassinato a mando do casal. O preso deu mais detalhes sobre o crime à polícia, conta Timossi.
"O suspeito revelou que a vítima foi mantida em cárcere privado na residência do casal por vários dias, dizendo ainda que durante um período a vítima teria sido dopada", afirma o delegado.
De acordo com o delegado, o homem também revelou que os cartões bancários e outros pertences da vítima estavam escondidos na casa do casal - onde a polícia encontrou os itens, posteriormente. A arma do crime, no entanto, não foi localizada.
O nome do detido não foi divulgado e a imprensa tenta identificar a defesa dele.
O casal foi preso temporariamente no dia 10 de abril e não teve as identidades reveladas. Eles são investigados por homicídio qualificado, furto mediante fraude e cárcere privado. Nesta quarta-feira (30), as defesas dos dois afirmaram que ainda não tiveram acesso aos autos.
