China reage aos EUA após apreensão de petroleiro da Venezuela

14/12/2025

Ação americana perto da Venezuela provoca críticas de Pequim, apoio russo a Caracas e amplia tensão geopolítica

A tensão diplomática entre grandes potências voltou a subir após a apreensão, pelos Estados Unidos, de um petroleiro venezuelano supostamente ligado ao Irã. A operação ocorreu em meio ao reforço da presença militar americana na região do Caribe, próximo ao litoral da Venezuela, e desencadeou reações imediatas de aliados de Caracas, sobretudo China e Rússia. As informações são da BBC.

O governo venezuelano classificou a ação como um ato de "pirataria internacional". O presidente Nicolás Maduro afirmou que a apreensão do navio viola a soberania do país e representa mais um capítulo da pressão econômica e política exercida por Washington contra a Venezuela.

Segundo Caracas, o petroleiro transportava carga legítima e não representava ameaça à segurança regional.

A China foi uma das primeiras potências a se manifestar publicamente. Pequim criticou duramente os Estados Unidos, acusando o país de desrespeitar o direito internacional e de usar sua força militar para interferir no comércio global de petróleo. Autoridades chinesas defenderam o princípio da soberania nacional e alertaram que ações unilaterais aumentam a instabilidade em regiões já marcadas por disputas geopolíticas.

A Rússia, por sua vez, reiterou apoio ao governo venezuelano e reforçou o discurso de que os EUA estariam extrapolando limites legais ao atuar fora de seu território. Moscou vê o episódio como parte de um confronto mais amplo entre blocos internacionais, envolvendo sanções, controle energético e influência estratégica na América Latina.

O caso expõe o agravamento das disputas em torno do petróleo venezuelano e evidencia como a crise no país ultrapassa fronteiras regionais, tornando-se um ponto sensível no xadrez político global.

Enquanto isso, a apreensão do petroleiro reacende o debate sobre soberania, comércio internacional e o papel das grandes potências em conflitos além de suas fronteiras.