Deputados do Paraná concluem votações e aprovam privatização da Celepar; veja como votaram

Discussão de projeto do Governo do Estado foi feita em regime de urgência, com nove dias de tramitação. Celepar é responsável por guardar dados de paranaenses.
Os deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) concluiram as votações que aprovaram, em definitivo, o projeto de lei do Governo do Estado que autoriza a privatização da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).
As votações foram realizadas na manhã desta quarta-feira (13), após sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde deputados de oposição tentavam desacelerar o avanço da proposta.
Na tarde de terça (12), o projeto foi aprovado em primeiro turno por 36 deputados. Oito votaram contra e nove não votaram.
Nesta quarta, no segundo turno, o projeto também passou com folga: foram 38 votos favoráveis e 7 contrários. 9 estavam não votaram.
No terceiro turno, a votação também foi similar. Foram 37 favoráveis e 7 contrários.
Confira abaixo:
Favoráveis:
- Adão Litro (PSD)
- Alexandre Curi (PSD)
- Alisson Wandscheer (SD)
- Anibelli Neto (MDB)
- Artagão Junior (PSD)
- Batatinha (MDB)
- Bazana (PSD)
- Cantora Mara Lima (REP)
- Cloara Pinheiro (PSD)
- Cobra Repórter (PSD)
- Cristina Silvestri (PP)
- Del. Jacovós (PL)
- Denian Couto (PODE)
- Do Carmo (União)
- Douglas Fabrício (Cidadania)
- Evandro Araújo (PSD)
- Flávia Francischini (União)
- Gilberto Riberio (PL)
- Gilson de Souza (PL)
- Gugu Bueno (PSD)
- Hussein Bakri (PSD)
- Luis Curti (PSB)
- Luiz Claudio Romanelli (PSD)
- Mabel Canto (PSDB)
- Marcel Michelleto (PL)
- Marcelo Rangel (PSD)
- Márcia Huçulak (PSD)
- Márcio Pacheco (PP)
- Maria Victória (PP)
- Marli Paulino (SD)
- Matheus Vermelho (PP)
- Nelson Justus (União)
- Ney Leprevost (União)
- Samuel Dantas (SD)
- Soldado Adriano José (PP)
- Tercílio Turini (MDB)
- Thiago Buhrer (União)
Contrários:
- Arilson Chiorato (PT)
- Dr. Antenor (PT)
- Goura (PDT)
- Luciana Rafagnin (PT)
- professor Lemos (PT)
- Renato Freitas (PT)
- Requião Filho (PT)
Não votaram:
- Alexandre Amaro (REP) - ausente
- Ana Júlia (PT) - ausente
- Del. Tito Barichello (União) - ausente
- Fabio Oliveira (PODE) - ausente
- Luiz Fernando Guerra (União) - ausente
- Moacyr Fadel (PSD) - ausente
- Paulo Gomes (PP) - ausente
- Ricardo Arruda (PL) - ausente
- Tiago Amaral (PSD)
Após as duas votações desta quarta, o projeto passou votação simbólica na redação final e, ao fim, seguiu para sanção do governador Ratinho Junior (PSD). Em entrevista à RPC, ele defendeu a proposta alegando que o modelo vai permitir enxugar a máquina pública.
A proposta, de autoria do Governo do Paraná, foi protocolada em 4 de novembro em regime de urgência, com tramitação mais acelerada. A medida foi criticada pela oposição do governo pela falta de tempo para debate. A conclusão da tramitação do projeto foi realizada em nove dias corridos.
A Celepar foi fundada em 1964 e conta com 980 funcionários. No local, ficam os servidores que guardam todos os dados dos paranaenses, como informações sobre educação, históricos médicos, infrações de trânsito e pagamentos de impostos.
O que prevê o projeto
O governo informou que está contratando estudos para definir o valor da companhia e qual o melhor modelo de privatização, se será total ou parcial.
Os estudos devem levar cerca de um ano e meio, conforme explicou o governo. Após isso, se os deputados aprovarem a privatização, a venda deve ocorrer na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo o governo, o projeto prevê duas mudanças. A primeira garante que a sede continuará no Paraná e a segunda é que deverão ser mantidas no estado as infraestruturas físicas de armazenamento e processamento de dados existentes na data de publicação da lei, pelo prazo mínimo de 10 anos.
De acordo com o Governo do Paraná, a privatização não deverá interferir na política de dados dos paranaenses que estão protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Os serviços atrelados à gestão estadual continuarão gratuitos e a mudança será entre a administração estadual e a empresa contratada.
O projeto de lei propõe a criação do Conselho Estadual de Governança Digital e Segurança da Informação, que deverá coordenar e implementar políticas de governança em tecnologia da informação.
Também propõe incluir diretrizes para minimizar riscos na gestão de informações, definir prioridades para a alocação de recursos de tecnologia e criar a Estratégia Paranaense de Inteligência Artificial, entre outras funções.
