EUA e China após dois dias de negociações sinalizam avanços para reduzir tarifas

Detalhes do acordo devem ser divulgados nesta segunda (12). Secretário do Tesouro dos EUA e vice-primeiro-ministro chinês falam em 'progressos substanciais' e 'consenso importante'.
Estados Unidos e China indicaram, neste domingo (11), que avançaram nas negociações para reduzir tarifas comerciais após a escalada das últimas semanas, em que as taxas passaram de 100%.
Representantes dos dois países participaram de reuniões durante o fim de semana, em Genebra, na Suíça. Apesar das declarações otimistas, nenhuma medida concreta foi anunciada.
"Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", informou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
Segundo ele, detalhes sobre as conversas serão divulgados em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (12).
O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, confirmou o progresso nas conversas, que ele chamou de "francas, aprofundadas e construtivas".
Sem dar mais informações, Lifeng afirmou que ambos os lados chegaram a um "consenso importante".
Além de Scott Bessent e He Lifeng, o representante comercial americano Jamieson Greer participou das reuniões.
Neste domingo, Greer afirmou a repórteres que as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais "não são tão grandes quanto se pensava". "Foram dois dias muito construtivos. É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo."
Escalada de tarifas
Os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, após uma escalada que começou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump anunciou tarifas a mais de 180 países.
A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% sobre produtos americanos.
Em sua primeira declaração sobre o encontro em Genebra, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais".
Na sexta (9), acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas".
No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais".
