Hoje na História

No dia 7 de Maio, diversos fatos significativos ocorreram, influenciando tanto o Brasil quanto o cenário global. Confira abaixo alguns dos acontecimentos mais marcantes dessa data.
Morre Duque de Caxias, também chamado de O Pacificador ou O Marechal de Ferro

No dia 7 de maio de 1880 morria, na fazenda de Santa Mônica, em Desengano (hoje Juparanã, RJ), Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, também chamado de O Pacificador ou O Marechal de Ferro. Nascido em 25 de agosto de 1803, em Porto de Estrela (RJ), ele foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Império do Brasil. Em 20 de outubro de 1832, após ser promovido a Tenente Coronel, assumiu o seu primeiro Comando Militar: o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Em 1833, casou-se com Ana Luísa do Loreto Carneiro Vianna, na época com 16 anos, de origem aristocrática. Com ela três filhos: Luísa, Ana e Luís Alves. Em 1839, foi para o Rio Grande do Sul, para lutar na Revolução Farroupilha. Em dezembro de 1839 deixou o comando dos Permanentes por ter sido nomeado presidente da Província do Maranhão. Lá, fez parte das ações militares da Balaiada, na Província do Maranhão, em 1839. Por seu desempenho no conflito, recebeu o título de Barão de Caxias, outorgado em 1841. O título foi uma referência à cidade maranhense de Caxias, palco de batalhas decisivas para a vitória das forças imperiais. Fora isso, ainda abafou movimentos de revoltosos dos liberais em Minas Gerais e São Paulo (1842). Em 1845, quando ocorria a Guerra dos Farrapos, recebeu o título de Marechal de Campo. Passou a ocupar o cargo de Presidente (governador) do Rio Grande do Sul. Por todo o seu trabalho, ganhou o título de Conde de Caxias. Na vida política do Império, foi um dos líderes do Partido Conservador. Tornou-se senador vitalício a partir de 1845. Também foi Ministro da Guerra e presidente do Conselho por três vezes na segunda metade do século XIX (1855-1857, 1861-1862 e 1875-1878). Na política externa, participou de todas as campanhas platinas do Brasil independente, como a campanha da Cisplatina (1825-1828), foi comandante-geral dos exércitos da Tríplice Aliança (1867), na Guerra do Paraguai (1864-1870). Após a ocupação da capital paraguaia, ele teve que deixar seu posto por motivos de saúde ainda antes do término do conflito. Contudo, sem se recuperar completamente, o Duque de Caxias acabou morrendo no dia 7 de maio de 1880.
Nasce Piotr Tchaikovsky

Piotr Ilich Tchaikovski foi um dos compositores russos mais importantes do século XIX. Nasceu em 7 de maio de 1840 e faleceu por auto envenenamento com arsênico em 6 de novembro de 1893. Começou a estudar música desde pequeno. Aos quatro anos participava das aulas de piano que seu irmão mais velho recebia e, aos sete, tinha lições, primeiro de um professor local e mais tarde de um professor de Moscou, cidade à qual a família se mudou em 1848. Em 1850, a família decidiu que o jovem Piotr estudasse direito e o inscreveram na Escola de Jurisprudência de São Petersburgo, onde permaneceu até se graduar como advogado. Paralelamente a seus estudos de direito, continuou seus estudos de piano. Aos 19 anos Piotr Ilich se transformou em funcionário do Ministério da Justiça. O emprego lhe permitiu ter certa independência econômica. Nessa época frequentava teatros, e também assistia a óperas e balés. Entre suas obras se destacaram os balés O lago dos cisnes, A bela adormecida no bosque, O quebra-nozes e Mazurca.
Vladimir Lenin assume a presidência do primeiro governo soviético

O dirigente revolucionário russo e líder bolchevique, Vladimir Lenin, foi o primeiro presidente do Governo da União Soviética. Manteve o cargo como primeiro mandatário durante 7 de maio de 1917 e 21 de janeiro de 1924. Durante os anos 1918 e 1920, a guerra civil conduziu o governo soviético à beira do desastre. Para Lenin, o destino da Rússia dependia da revolução mundial, e em especial do futuro do movimento desenvolvido na Alemanha pelos espartaquistas (grupo de socialistas revolucionários alemães). No dia 2 de março de 1919, em Moscou, inaugurou o Primeiro Congresso Mundial da Internacional Comunista, ocasião na qual evocou os líderes do comunismo alemão Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo, que foram assassinados durante a revolta espartaquista. A Internacional Comunista tinha a pretensão de elevar o comunismo russo à categoria de modelo a ser imitado por todos os países do mundo. Entre os objetivos do movimento, estava a defesa dos movimentos de liberação nacional dos povos coloniais e semicoloniais da Ásia. Dessa forma Lenin conseguiu ampliar enormemente o número de aliados da Revolução Soviética.
Alemanha se rende incondicionalmente aos Aliados

No dia 7 de maio de 1945, o Alto Comando da Alemanha, representado pelo general Alfred Jodl, assinou em Reims, na França, a rendição incondicional de todas as forças do país na Segunda Guerra Mundial, do Oriente ao Ocidente. A assinatura aconteceu em uma escola que serviu como Comando Supremo das Forças Expedicionárias Aliadas e passou a ter efeito a partir das 23h de 8 de maio.
De início, o general Jodl esperava limitar os termos da rendição alemã apenas às forças que ainda lutavam contra os aliados ocidentais. Mas o general Dwight Eisenhower exigiu a rendição completa de todas as forças alemãs, tanto as que lutavam no Oriente como no Ocidente. Se essa exigência não fosse cumprida, Eisenhower ameaçou fechar a frente ocidental, e os alemães ficariam nas mãos das forças soviéticas.
Jodl comunicou a situação ao Almirante Karl Dönitz, o sucessor de Hitler. Dönitz ordenou-lhe assinar a rendição incondicional. O general russo Ivan Então Susloparov e o general francês Francois Sevez assinaram como testemunhas, e o general Walter Bedell Smith assinou pela Força Expedicionária Aliada. No dia seguinte, o marechal Wilhelm Keitel confirmou a rendição, assinando outro documento em Berlim. Era a derrota da Alemanha nazista.
Keith Richards compõe "Satisfaction" dos Rolling Stones

Nas primeiras horas da madrugada de 7 de maio de 1965, em um quarto de hotel em Clearwater, na Flórida, um Keith Richards sonolento se levantou, pegou um gravador e eternizou uma das melodias mais famosas de todos os tempos: o riff de abertura de "(I Can't Get No) Satisfaction", dos Rolling Stones. Ele, então, voltou prontamente a dormir."Quando eu acordei, de manhã, a fita tinha acabado", Keith lembra muitos anos depois. "Eu a coloquei novamente e aí estavam esses, talvez, 30 segundos de 'Satisfaction' em uma versão bem sonolenta. E, então, de repente a guitarra faz 'CLANG' e depois há tipo 45 minutos de ronco". Não era muita coisa para trabalhar em cima, mas ele a tocou para Mick Jagger ainda naquele mesmo dia. "Ele só tinha uma pequena parte e depois já tinha o riff", lembra Mick. "Soava como algo country em um violão – não parecia rock. Mas ele não gostava muito daquilo, achava que era uma brincadeira... Ele não achou que aquilo era um material para single, e todos nós dissemos 'Você está louco'. O que, de fato, ele estava".Com a letra escrita por Jagger – Keith já tinha criado o verso "I can't get no satisfaction" –, os Stones levaram a música ao estúdio Chess em Chicago apenas três dias depois, em 10 de maio de 1965, e a terminaram em 12 de maio após um voo para Los Angeles e uma sessão de 18 horas de gravação na RCA. Foi lá que Keith plugou uma versão antiga de um pedal de fuzz da Gibson à sua guitarra e deu ao riff, que, inicialmente ele imaginara tocado por metais, sua sonoridade única e emblemática.Embora, na época, os Stones estivessem na metade de sua terceira turnê norte-americana, seus únicos verdadeiros hits nos EUA eram "Time Is on My Side" e o lançamento mais recente "The Last Time". "Satisfaction" foi a música que iria levá-los ao superestrelato. Quarenta anos depois, quando a revista Rolling Stone colocou "Satisfaction" no segundo lugar da sua lista de 500 maiores músicas de todos os tempos, lançou a seguinte perspectiva histórica sobre o riff criado por Keith Richards em 7 de maio de 1965: "Aquela faísca no meio da noite... foi a encruzilhada: o momento em que o trôpego e sonhador rock and roll se tornou o rock que conhecemos".
Cozinheira e apresentadora Palmirinha Onofre morre aos 91 anos

A cozinheira e apresentadora de TV Palmirinha Onofre morreu em 7 de maio de 2023, aos 91 anos, em São Paulo. De acordo com a família, ela não resistiu a problemas renais crônicos. Muito simpática e talentosa, ela ficou conhecida por apresentar quadros de culinária em programas como Note e Anote e Mulheres.
Nascida em Bauru (SP), Palmirinha aprendeu a cozinhar com a mãe e com a avó italiana. A futura apresentadora teve uma infância difícil: como seus pais tinham poucas condições financeiras, aos 7 anos foi morar e trabalhar em São Paulo, como dama de companhia de uma francesa. Aos 14 anos, ela teve que voltar para casa, pois seu pai havia morrido e ela teria que ajudar a criar os irmãos.
Aos 16 anos, Palmirinha descobriu que a mãe, com quem tinha um relacionamento complicado, a havia vendido para um fazendeiro da região. Quando ela viu o homem em sua cama, pediu socorro e foi salva por uma tia. Três anos depois ela aceitou se casar com o namorado porque queria sair da casa da mãe.
Palmirinha dizia que não teve um casamento feliz. Segundo ela, seu marido era violento e agressivo. Após 20 anos, ela se separou e passou a cuidar sozinha das três filhas. Nessa época, ela começou a fazer quitutes para vender.
A entrada de Palmirinha na TV aconteceu por acaso ao participar de uma edição do programa de Silvia Poppovic com o tema "criei os filhos sozinha". Palmirinha havia presenteado Silvia com uma cesta de salgadinhos e a apresentadora elogiou ao vivo a qualidade dos petiscos. Após o sucesso de sua participação, ela foi convidada por Ana Maria Braga para trabalhar no programa Note e Anote, da TV Record, em 1993.
Palmirinha permaneceu como colaboradora do Note e Anote por mais de cinco anos ensinando a preparar receitas. Em 1997 a culinarista recebeu uma proposta da TV Gazeta e passou a atuar como colaboradora dos programas Mulheres e Pra Você. Na emissora, Palmirinha também comandava o programa TV Culinária, onde mostrava o passo-a-passo de receitas e tirava dúvidas dos telespectadores.
A cozinheira deixou a TV Gazeta após 13 anos. Em 2012, ela foi contratada pelo canal de TV a cabo Bem Simples, do grupo Fox, onde passou a apresentar o Programa da Palmirinha, que apresentou até 2015. Após passar algum tempo afastada, ela voltou à televisão como jurada do programa de culinária Chef ao Pé do Ouvido, na GNT, entre 2018 e 2023.
