Hoje na História

No dia 3 de Abril, diversos fatos significativos ocorreram, influenciando tanto o Brasil quanto o cenário global. Confira abaixo alguns dos acontecimentos mais marcantes dessa data.
Cantor Agnaldo Timóteo morre de COVID-19

O cantor Agnaldo Timóteo morreu em 3 de abril de 2021, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. O artista não resistiu às complicações da COVID-19. Além da carreira musical de sucesso, ele também foi político.
Nascido em Caratinga, Minas Gerais, Agnaldo se interessou pela música desde cedo. Suas primeiras apresentações aconteceram em circos que passavam pela cidade. Ainda jovem, começou a se apresentar em programas de calouros nas rádios locais. Ao mesmo tempo, trabalhava como torneiro mecânico.
Agnaldo se mudou para o Rio de Janeiro no início dos anos 1960. Lá, começou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Por indicação dela, gravou seu primeiro disco em 1961.
O sucesso chegou para Agnaldo Timóteo após se apresentar no programa de Jair de Taumaturgo na TV Rio. Depois disso, lançou o álbum Surge um Astro, que incluía a canção "Mamãe", um de seus maiores sucessos. Nos anos seguintes, emplacou outras canções nas paradas, como "Meu grito", escrita por Roberto Carlos.
Consolidando-se como cantor romântico, Agnaldo Timóteo lançou diversas canções de sucesso, como "Ave-Maria", "Verdes campos" e "A galeria do amor". Ao todo, ele gravou mais de 50 discos. Como político, assumiu mandatos como deputado federal e vereador a partir da década de 1980.
Primeira ligação pública é feita de um celular

O dia 3 de abril de 1973 marcou um fato que mudaria a vida de todos nós. Neste dia, Martin Cooper fez algo inédito. Com 44 anos e então gerente do departamento de comunicação da Motorola, ele realizou a primeira ligação de celular. A primeira chamada de uma via pública, ao menos, que se tem registro, direto das fervilhantes avenidas de Nova York.
O telefone celular já havia sido testado no laboratório, mas nunca no mundo real. O telefone no carro já tinha sido inventado - os rádios móveis, na verdade. Eles eram equipamentos pesados, que tinham que ser alimentados por uma parafernália que ficava escondida no porta-malas. Cooper vislumbrava o dia em que as pessoas falariam no telefone sem amarra alguma, com total liberdade ao indivíduo. Ele imaginava um equipamento portátil, que pudesse ser carregado a qualquer lugar.
Quando Cooper fez aquela ligação, ele, obviamente, não ligou para outro celular. Sua chamada foi para o telefone fixo do chefe da equipe da concorrência, da Bell Labs, que também desenvolvia um produto semelhante. Imagine como o concorrente se sentiu quando atendeu a ligação de Cooper, escutando o som das ruas da cidade ao fundo.
A chamada não durou muito, pois o aparelho da Motorola era do tamanho de um tijolo e pesava em torno de 1,1 quilo. Seria bastante desconfortável segurar esse peso todo perto da orelha para jogar conversa fora no meio da rua. O fato é que a Motorola saiu na frente na corrida pelos celulares e nossas vidas, definitivamente, nunca mais foram as mesmas após aquela ligação.
Anibal Covaco Silva assume a presidência de Portugal

Aníbal Antonio Covaco Silva foi o sexto Presidente da República Portuguesa desde a Revolução dos Cravos (uma das mais importantes para a independência desse país). Anteriormente havia sido Primeiro Ministro e seu governo, de dez anos, foi o mais longo de toda a história dos governos eleitos democraticamente em Portugal. Estudou na Universidade de York, Ontário, e no Instituto de Estudos Econômicos e Financeiros, e depois foi professor de economia pública e política na Universidade Católica e na Universidade Nova de Lisboa. Pesquisador na Fundação Calouste Gulbenkian (1967-71) e diretor de estudos do departamento de estatística do Banco de Portugal (1977-79), ocupou a carteira ministerial de Fazenda e Planejamento (1980-81). Nas eleições parlamentares celebradas em 3 de abril de 1987 se apresentou na lista do Partido Social-Democrata (PSD) e obteve uma contundente vitória, com mais da metade dos votos.
Navio brasileiro é torpedeado por submarino alemão na França

No dia 3 de abril de 1917, o Paraná, um dos maiores navios da frota mercante brasileira, com 4.466 toneladas, carregado de café, foi torpedeado por um submarino alemão na costa francesa.
Três tripulantes morreram. Os agressores ainda dispararam cinco tiros de canhão contra os náufragos. A embarcação navegava dentro das normas internacionais, com as luzes acesas, a bandeira brasileira içada e a palavra Brasil pintada no casco. Após o incidente, o presidente Venceslau Brás recusou-se a receber o embaixador alemão para apresentar explicações sobre o incidente e o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com a Alemanha no dia 11 de abril. Após o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, com a rendição alemã, o Brasil obteve pagamento com juros do café perdido nos naufrágios provocados pelos seus submarinos ao todo a Alemanha atingiu quatro navios brasileiros durante o confronto mundial - e incorporou à frota mercante 70 navios alemães que foram retidos nos portos brasileiros.
A travessia do Mar Vermelho

Apesar de não haver consenso, alguns historiadores especulam que a travessia do Mar Vermelho, descrita no Livro do Êxodo, do Antigo Testamento da Bíblia, poderia ter acontecido em 3 de abril de 1312 a.C. Este teria sido o dia em que Moisés e os israelenses fugiram do exército egípcio por meio de uma épica travessia durante a viagem para a terra de Canaã, prometida por Deus a Abraão. As escrituras contam a história de como os israelenses foram salvos do exército do faraó após Moisés abrir o Mar Vermelho com a ajuda de Deus. Quando os soldados egípcios estavam perseguindo os israelenses entre as águas abertas do mar, Deus pediu a Moisés para esticar as mãos de novo e, desde maneira, fazer com que os soldados egípcios morressem afogados. A divisão do Mar Vermelho é um dos mais dramáticos episódios do Antigo Testamento.
Apesar dos relatos bíblicos, não há evidências históricas de que a travessia do Mar Vermelho tenha realmente acontecido. Até mesmo o ano em que Moisés teria começado a liderar o Êxodo não é consenso entre pesquisadores religiosos. Alguns estudiosos católicos acreditam que o fato tenha acontecido em 1512 a.C, enquanto para certos historiadores protestantes aconteceu em 1446. Já um número de especialistas judeus apontam que o ano correto seria 1312 a.C.Nos últimos anos, cientistas passaram a especular se um milagre como esse poderia ter ocorrido naturalmente devido a ventos fortes ou outras ocorrências meteorológicas. Usando registros arqueológicos do suposto local do evento e simulações geradas por computador, alguns pesquisadores sugerem que tal fato poderia ter realmente acontecido.
