Hoje na História

No dia 6 de Abril, diversos fatos significativos ocorreram, influenciando tanto o Brasil quanto o cenário global. Confira abaixo alguns dos acontecimentos mais marcantes dessa data.
Começa o Genocídio em Ruanda

O Genocídio de Ruanda foi um acontecimento sangrento de caráter étnico e político perpetrado nesse país da África Central em 1994 por parte de raças africanas de hutus atacando tutsis e hutus moderados. Em Ruanda se distinguem dois grupos étnicos: a maioria hutu e o grupo minoritário de tutsis. Desde a independência do país da Bélgica, os seus líderes sempre foram tutsis, num contexto de rivalidade étnica agravada com o tempo devido à escassez de terras e à fraca economia nacional, sustentada pela exportação de café. Em 6 de abril de 1994 o assassinato do general Juvenal Habyarimana (presidente de Ruanda 1973-1994) e a invasão da Frente Patriótica Ruandesa desencadearam uma série de massacres no país contra os tutsis, obrigando um deslocamento massivo de pessoas para campos de refugiados situados na fronteira com os países vizinhos, em especial Zaire (hoje República Democrática do Congo). Em agosto de 1995 tropas zairenses tentaram expulsar estes refugiados para seu lugar de origem. Quatorze mil pessoas são devolvidas a Ruanda, enquanto que outras 150.000 se refugiam nas montanhas. Mais de 800.000 pessoas foram assassinadas e quase todas as mulheres que sobreviveram ao genocídio foram violentadas. Muitas das 5.000 crianças nascidas desses estupros foram assassinadas.
Morre Isaac Asimov, o "Bom Doutor" da ficção científica

No dia 6 de abril de 1992 morria em Nova York, nos Estados Unidos, Isaac Asimov, escritor e bioquímico. Nascido no dia 2 de janeiro de 1920 nascia em Petrovichi, na Rússia, ele praticamente cresceu nos Estados Unidos, já que chegou ao país com apenas três anos de idade. Criado no Brooklyn, em Nova York, ele estudou na Universidade de Columbia, onde obteve PhD em bioquímica. Mais tarde, foi professor durante muito tempo da Universidade de Boston. Antes de iniciar sua carreira acadêmica, ele já havia começado a publicar suas histórias ainda adolescente. ?O cair da noite? (1941) é frequentemente denominado o melhor conto de ficção científica escrito em todos os tempos. Outro livro seu, ?Eu, Robô? (1950), influenciou imensamente outros escritores que abordaram o assunto da inteligência artificial. A Trilogia da Fundação (1951?53), que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots, é amplamente considerada um clássico. Asimov também escreveu livros de não ficção científica que agradam aos leitores por sua lucidez e humor. Escritor com uma imensa produção, ele publicou mais de 300 volumes em sua vida.
Escritor Oscar Wilde é preso por relacionamento com filho de marquês

O escritor irlandês Oscar Wilde foi preso no dia 6 de abril de 1895 após perder um processo por difamação contra o Marquês de Queensberry. Wilde mantinha um caso com o filho dele, Lorde Alfred Douglas, desde 1891, mas quando o indignado nobre o acusou de homossexualidade, o artista o processou. No entanto, ele perdeu o caso quando evidências sustentaram fortemente as acusações de que era praticante de "indecência vulgar".
Levado para a prisão de Holloway, Wilde acabou sendo libertado sob fiança um mês depois. Porém, em 25 de maio, ele foi considerado culpado e sentenciado a dois anos de trabalhos forçados. Debilitado, ele foi libertado em 19 de maio de 1897, após cumprir sentença em quatro penitenciárias diferentes.
Wilde era muito conhecido na época, autor de inúmeras peças brilhantes e populares, como A Importância de Ser Prudente (1895). Nascido e educado na Irlanda, ele foi à Inglaterra para estudar em Oxford, onde se formou com honras em 1878. Uma figura popular na sociedade inglesa por sua sagacidade e estilo exuberante, publicou seu próprio livro de poemas em 1881. Oscar passou um ano ensinando poesia nos EUA, onde suas roupas elegantes e sua devoção excessiva à arte foram consideradas ridículas por algumas pessoas.
Depois de retornar à Grã-Bretanha, Wilde se casou e teve dois filhos, para os quais escreveu contos de fadas, publicados em 1888. Também fez resenhas e editou a revista The Woman's World. Em 1890, seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, foi impresso em série, aparecendo em forma de livro no ano seguinte.
Wilde compôs sua primeira peça, A Duquesa de Pádua, em 1891, e mais outras cinco antes de sua prisão. O autor foi solto em 1897 e viajou a Paris, onde vários de seus leais amigos o visitaram. Ele voltou a escrever, produzindo A Balada do Cárcere de Reading, baseado em suas experiências na prisão. Wilde morreu de meningite aguda em 30 de novembro de 1900, na capital francesa.
Treze generais protestam contra o governo do presidente Floriano Peixoto

No dia 6 de abril de 1892, foi publicado o Manifesto dos 13 generais, documento assinado por treze autoridades militares, no dia 31 de março de 1892, no início do governo do presidente Floriano Peixoto, que assumiu o cargo após a renúncia de Deodoro da Fonseca. O documento contestava a legitimidade do governo e condenava as atitudes de Floriano Peixoto contra rebeliões nos estados. Além disso, o manifesto também pedia a convocação de nova eleição para a presidência da república. No dia seguinte à publicação, Peixoto ordenou a prisão de alguns dos envolvidos no manifesto e determinou que alguns deles fossem reformados. Os militares alegavam que o governo de Peixoto era irregular, já que o artigo 4 da Constituição previa novas eleições quando houvesse renúncia do presidente antes de dois anos de mandato. No caso, Deodoro da Fonseca renunciou antes deste prazo e seu vice era Peixoto, que assumiu alegando que havia uma exceção na Constituição ao determinar que a exigência só se aplicava a presidentes eleitos diretamente pelo povo. Peixoto foi presidente do Brasil entre 1891 e 1894. Por conta da sua maneira enérgica e ditatorial para reprimir movimentos contrários ao seu governo, ele ficou conhecido como "Marechal de Ferro" e também "Consolidador da República". Em sua homenagem, a cidade de Desterro, hoje capital de Santa Catarina, foi nomeada Florianópolis, termo que significa ?cidade de Floriano?.
É fundada a Igreja Mórmon

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida também como Igreja Mórmon, ou como Igreja SUD (LDS, por suas siglas em inglês, Latter-Day Saints), é a maior e mais reconhecida denominação do movimento dos Santos dos Últimos Dias. É uma congregação religiosa, fundada em Palmyra, estado de Nova York (Estados Unidos) por José Smith em 6 de abril de 1830. Professam seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, mas não se consideram parte das tradições católicas, ortodoxas ou protestantes, mas sim alegam ser uma restauração do cristianismo primitivo, depois que este apostatou perto da morte de São Pedro e os outros apóstolos. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ocupa o quarto lugar no amplo espectro religioso dos Estados Unidos e seus líderes afirmam que os membros que se casaram no templo têm a taxa mais baixa de divórcios do país.
Nasce Rafael, pintor e arquiteto italiano

No dia 6 de abril de 1483 nascia em Urbino, na Itália, Rafael Sanzio, conhecido apenas como Rafael, um dos mestres do Alto Renascimento junto com Michelangelo e Leonardo Da Vinci. Desde pequeno, Rafael já teve contato com a arte e a pintura. Talentoso, aos 17 anos era considerado um mestre. Em 1504, aos 21 anos, foi para a Florença e ficou impressionado com os trabalhos de Leonardo da Vinci e Michelangelo. Diante deste contato, introduziu em sua pintura inovações do movimento renascentista como chiaroscuro (claro-escuro), contraste de luz e sombra e o sfumato (esfumado), sombreado levemente atenuado. Depois de Florença, Rafael ficou 12 anos em Roma onde era um dos pintores mais requisitados e também passou a fazer trabalho para os papas, como Julio II e Leão X. Dos seus afrescos do Vaticano, os mais importantes são a "Disputa" (ou "Discussão do Santíssimo Sacramento") e a "Escola de Atenas". Em 1514, com a morte do arquiteto Donato Bramante, Rafael foi nomeado para continuar o projeto do Vaticano e assumiu as obras da basílica de São Pedro. Rafael mudou a planta de um desenho de inspiração grega para um design longitudinal. Seis anos depois, o pintor reforçou a mística em torno de si com uma morte prematura, justamente no dia em que completava 37 anos, após ser acometido por uma longa febre. Rafael foi enterrado no Panteão de Roma.
Morre Rafael, pintor e arquiteto italiano

No dia 6 de abril de 1520 morria em Roma, na Itália, Rafael Sanzio, conhecido apenas como Rafael, um dos mestres do Alto Renascimento junto com Michelangelo e Leonardo Da Vinci. A morte do pintor aconteceu bem no dia do seu aniversário de 37 anos, o que só aumentou a mística já existente em torno dele. Desde pequeno, Rafael teve contato com a arte e a pintura. Nascido na cidade de Urbino, em 1493, ele já era considerado mestre aos 17 anos. Em 1504, aos 21 anos, foi para a Florença e ficou impressionado com os trabalhos de Leonardo da Vinci e Michelangelo. Diante deste contato, introduziu em sua pintura inovações do movimento renascentista como chiaroscuro (claro-escuro), contraste de luz e sombra e o sfumato (esfumado), sombreado levemente atenuado. Depois de Florença, Rafael ficou 12 anos em Roma onde era um dos pintores mais requisitados e também passou a fazer trabalho para os papas, como Julio II e Leão X. Dos seus afrescos do Vaticano, os mais importantes são a "Disputa" (ou "Discussão do Santíssimo Sacramento") e a "Escola de Atenas". Em 1514, com a morte do arquiteto Donato Bramante, Rafael foi nomeado para continuar o projeto do Vaticano e assumiu as obras da basílica de São Pedro. Rafael mudou a planta de um desenho de inspiração grega para um design longitudinal. Seis anos depois, em 1520, Rafael foi acometido por uma longa febre e morreu bem no dia do seu aniversário. Seu corpo foi enterrado no Panteão de Roma.
Publicado o clássico livro "O Pequeno Príncipe"

Em 6 de abril de 1943, o clássico O Pequeno Príncipe, escrito e ilustrado pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, foi publicado simultaneamente na França e nos Estados Unidos. O livro é considerado um dos mais populares e emblemáticos do século XX. Fenômeno editorial, a obra foi traduzida para quinhentos e trinta e cinco idiomas e dialetos diferentes (perdendo apenas para a Bíblia em número de traduções).
O Pequeno Príncipe conta a história de um piloto que, após uma pane em seu avião, aterrissa no deserto do Saara. Lá, ele encontra um pequeno príncipe, um garoto que diz ter vindo de um pequeno asteroide. Ao longo de sua jornada no deserto, o piloto aprende sobre os valores da amizade, do amor, da responsabilidade e da simplicidade através dos encontros e diálogos com o menino.
No decorrer da história, o aviador descobre que o menino vive no asteroide B-612, no qual há apenas uma rosa que fala com ele. As atividades do Pequeno Príncipe consistem essencialmente em limpar vulcões e desenraizar baobás para que não invadam o seu mundinho. Após deixar seu asteroide, o príncipe visita seis outros planetas, cada um deles habitado por um adulto, antes de chegar na Terra. Em nosso planeta, ele interage com pessoas e animais antes de encontrar o aviador, com quem faz amizade no deserto.
A história, apesar de ser considerada um conto infantil, carrega uma profundidade filosófica que encanta leitores de todas as idades. A obra é repleta de citações memoráveis que expressam filosofias sobre a natureza humana, as relações interpessoais e a importância de ver o mundo através dos olhos da inocência da infância. Um dos aspectos mais comoventes do livro é a maneira como o autor aborda temas complexos de uma forma simples e poética. A obra traz frases que se tornaram célebres, como "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Morre aos 91 anos o cartunista Ziraldo, criador do Menino Maluquinho

O cartunista Ziraldo Alves Pinto morreu em 6 de abril de 2024, aos 91 anos. Segundo a família, ele faleceu dormindo em casa, no Rio de Janeiro. Um dos artistas gráficos mais talentosos de todos os tempos, o desenhista se consagrou definitivamente entre o grande público ao publicar o livro infantil O Menino Maluquinho, cujo personagem-título é popular até hoje.
Ziraldo passou toda a infância em Caratinga (MG), cidade onde nasceu. Mais velho de uma família com sete irmãos, ele teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos, em 1939, no jornal "A Folha de Minas". Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
O artista iniciou sua carreira como cartunista profissional em meados dos anos 1950, contribuindo com desenhos e charges para diversos jornais e revistas, incluindo O Cruzeiro e Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo). Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores.
Em 1960, Ziraldo lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira HQ a cores totalmente produzida no país. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início da ditadura militar.
Em 1969, Ziraldo foi um dos fundadores do periódico O Pasquim, lendário tabloide de oposição à ditadura. De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro. Paralelamente, o cartunista começou a se aventurar na literatura infantil, estreando com o livro FLICTS (1969).
Publicado em 1980, O Menino Maluquinho se tornou um dos seus maiores sucessos na literatura infantil brasileira. O livro que apresentou o personagem conta a história de um garoto travesso e cheio de imaginação, que conquistou o coração de crianças e adultos por sua personalidade única e suas aventuras divertidas. A obra foi adaptada para o cinema e para a televisão, ampliando ainda mais sua popularidade.
Além de sua vasta contribuição para a literatura infantil e o humor gráfico, Ziraldo também foi um ativista político e cultural importante no Brasil. Ele participou ativamente do movimento pela democratização do país durante a ditadura militar, usando seu talento artístico e sua voz para defender os direitos humanos e a liberdade de expressão.
Ao longo de sua carreira, Ziraldo recebeu inúmeros prêmios e homenagens, incluindo o Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiados prêmios literários do Brasil.
