Homem que afrontou a Polícia Civil em vídeo após matar cachorros é preso novamente em Novo Itacolomi
A Polícia Civil de Apucarana prendeu preventivamente, nesta quarta-feira (12), Juarez dos Fiuza, de 60 anos, um sitiante de Novo Itacolomi que já havia sido detido por posse de armas de fogo e maus-tratos a animais.
O homem ganhou notoriedade após divulgar um vídeo nas redes sociais ironizando as autoridades e afirmando que "ninguém conseguiria prendê-lo".
De acordo com o delegado operacional da 17ª SDP de Apucarana Ricardo Monteiro de Toledo, a prisão foi realizada após a Justiça considerar que o acusado afrontou o sistema judiciário e representou risco à ordem pública.
"No mês de dezembro de 2024, esse indivíduo amarrou dois cachorros, arrastou-os por mais de 200 metros e os executou a tiros.
Foi instaurado um inquérito policial e solicitados mandados de busca e apreensão. Na ocasião, localizamos um verdadeiro arsenal de armas em posse dele e de um irmão.
Como o crime de posse ilegal de arma de fogo comporta fiança, ele pagou o valor arbitrado e foi liberado, respondendo ao processo em liberdade", explicou o delegado.
No entanto, logo após sair da delegacia, Juarez divulgou um vídeo desafiando as autoridades. Ele aparece afirmando que "o Brasil pararia" caso fosse preso, demonstrando desprezo pelo trabalho da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Diante da atitude, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva, que foi aceita pelo Ministério Público e deferida pela Justiça. "Na data de hoje, fomos até a residência dele e realizamos a prisão. Demonstramos para ele e para qualquer outra pessoa que queira afrontar as instituições que estamos atuantes e não aceitaremos esse tipo de conduta", destacou o delegado Toledo.
Segundo a Polícia Civil, Juarez não tentou fugir no momento da prisão, pois o cerco foi realizado estrategicamente para evitar qualquer tentativa de evasão. Agora, ele permanecerá preso à disposição da Justiça.
"O crime de maus-tratos a animais prevê pena de até cinco anos de reclusão, e neste caso não há possibilidade de fiança. Ele seguirá preso preventivamente até que a Justiça conclua o caso"
