Mulher é indiciada no Paraná por jogar ácido nas partes íntimas do ex-namorado

Homem está internado até hoje e pode ter de lidar com uma debilidade permanente das funções urinária e reprodutiva
Uma mulher de 38 anos foi indiciada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) por jogar ácido nas partes íntimas do ex-namorado, de 36. O caso ocorreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, no dia 9 de junho deste ano. O inquérito sobre a ocorrência, no entanto, foi concluído recentemente. A suspeita agora responderá por lesão corporal grave.
Segundo as investigações, o casal manteve um relacionamento por quatro anos e meio, mas havia se separado. Entre as partes, inclusive, havia sete procedimentos investigativos anteriores, incluindo ações penais e medidas protetivas de urgência.
No dia dos fatos, a mulher foi até a casa do ex sob a alegação de que trataria questões relacionadas à propriedade de um telefone celular. Após uma discussão, no entanto, os dois mantiveram relações sexuais. E durante o ato, ela teria aplicado uma substância corrosiva (ácido) nas partes genitais do homem, o que causou queimadura química com necrose tecidual. O homem está internado até hoje, sem previsão de alta, após ter sido submetida a cirurgia para retirada de tecido necrótico e enxerto de pele.
O que alegam a suspeita e a vítima
O suspeito alega que deixou a mulher aplicar a substância nele após ela afirmar que se trataria de um estimulante sexual. Na versão dele, então, a suspeita teria atuado de forma premeditada para causar as graves lesões que ele acabou sofrendo.
A investigada, por outro lado, afirma ter ido até a residência do ex-companheiro após ter sido ameaçada. Segundo ela, ele teria exigido um encontro sob ameaça de difamá-la e as relações sexuais entre os dois não teriam sido consentidas. A mulher também alega que, ao tentar se defender, , aplicou um produto que acreditava ser um estimulante sexual, que já estava no local e pertencia à própria vítima.
Debilidade permanente das funções urinária e reprodutiva
Por conta das lesões sofridas, o homem poderá ter de lidar com uma debilidade permanente das funções urinária e reprodutiva, informa o delegado da PCPR Derick Moura. Além disso, a autoridade policial entendeu que houve desproporcionalidade na conduta da investigada e destacou que, mesmo diante da suposta ameaça, ela não acionou as autoridades, apesar de possuir medida protetiva em vigor.
"O inquérito policial foi finalizado com o indiciamento da mulher pelo crime de lesão corporal de natureza grave", destaca o delegado.
O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público para providências.
