Novo sistema de alerta de risco entra em operação em todo Brasil

Defesa Civil Alerta envia mensagens de texto e avisos sonoros para os celulares em áreas de muito risco
O Defesa Civil Alerta, nova tecnologia usada para informar a população em casos de desastres de grande perigo, entrou oficialmente em operação nesta quarta-feira (1), alcançando todo território nacional.
A última região a testar a ferramenta foi a Centro-Oeste, no último fim de semana.
Criado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom), o Defesa Civil Alerta busca informar a população sobre o risco iminente de desastre e orientar sobre as medidas de proteção a serem tomadas.
Os alertas possuem informações sobre o tipo de risco que está prestes a acontecer e instruções práticas.
As definições de conteúdo e do momento de envio dos alertas são de responsabilidade dos órgãos de proteção e defesa civil locais, e a ação é operacionalizada por meio da Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), plataforma do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que permite o envio estruturado de mensagens de risco para a população.
Neste primeiro momento, o envio do Defesa Civil Alerta será feito pelas defesas civis estaduais. Em São Paulo, a Defesa Civil utiliza o recurso desde o fim do ano passado.
Sem necessidade de internet
A tecnologia intensifica a segurança das pessoas enviando mensagens de texto e avisos sonoros para os celulares em áreas de muito risco, sem necessidade de cadastro prévio.
Os alertas aparecem de forma destacada na tela e podem soar mesmo nos aparelhos em modo silencioso.
Qualquer cidadão, independentemente do DDD, que esteja no município com previsão de desastre, poderá receber.
O recurso não depende de pacote de dados e funciona mesmo se o usuário estiver ou não conectado ao Wi-Fi.
A ferramenta é gratuita e alcança celulares compatíveis (Android e iOS lançados a partir de 2020) e com cobertura de telefonia móvel com tecnologia 4G ou 5G.
Proteção da vida
Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góe, o recurso foi criado após um pedido do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva (PT).
O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, destaca que aumentar a segurança da população é um trabalho em conjunto.
"O alerta é uma ferramenta muito importante para a proteção da vida das pessoas. Ao receberem o alerta, elas sentem segurança. Além disso, a população também precisa incorporar o senso de segurança na rotina, tendo atenção aos alertas, se mantendo em contato com as defesas civis locais e tomando medidas antecipadas ao desastre", declara.
O objetivo do projeto é proporcionar maior segurança à população, sendo complementar aos demais mecanismos de alertas de emergência: SMS, TV por assinatura, WhatsApp, Telegram e Google Public Alerts.
Alertas extremo e severo
A Defesa Civil Nacional emite dois tipos de alerta, o severo e o extremo.
O alerta severo indica a necessidade de ações preventivas, como em casos de chuvas fortes com riscos de deslizamentos ou alagamentos, por exemplo, e o celular emite um som de "beep", sem interromper o modo silencioso.
A tela ficará bloqueada até que o usuário decida fechá-la. Para receber o alerta severo é preciso acessar as configurações do celular.
No caso do sistema operacional Android, basta acessar Configurações, Segurança e Emergência, e Alerta de Emergência Sem Fio. No caso do sistema iOS, basta acessar Notificações e habilitar as opções de alerta.
O alerta extremo é o nível mais alto, com urgência imediata, e serve para situações de risco grave para a vida e a propriedade. Nesse caso, o celular emitirá um sinal sonoro que se mantém ativo mesmo com o aparelho em modo silencioso.
A tela do celular será congelada e só poderá ser liberada pelo usuário ao fechar a notificação. Nesse caso, os celulares possuem a configuração ativada, sendo impossível desativá-la.
