Paraná está em alerta de alto risco de Síndrome Respiratória Aguda Grave em todas idades

30/06/2025

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz destaca o Paraná com nível de alto risco e com tendência de crescimento na tendência a longo prazo de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) para todas idades. Enquanto para as crianças, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o vilão, para os jovens, adultos e idosos, a Influenza é a maior ameaça. 

O aumento de SRAG se deve a manutenção do crescimento das ocorrências associadas à influenza A e/ou VSR. A Fiocruz alerta ainda em relação às crianças pequenas no Paraná, porque as ocorrências de SRAG associada ao VSR continuam em crescimento, inclusive com muitas hospitalizações. A incidência de SRAG na população de jovens, adultos e idosos, associado à influenza também estão em crescimento no Paraná, de acordo com a Fiocruz.

O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública.

Importância da vacinação contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave

"Diante da alta de hospitalizações por influenza, a gente continua pedindo, às pessoas que não se vacinaram contra o vírus, que tomem a vacina o quanto antes. Outra orientação importante é que a população adote alguns cuidados extras nesta época, como uso de máscaras em postos de saúde, locais mais fechados e com maior aglomeração de pessoas. Além disso, é importante também adotar uma etiqueta respiratória, como higienizar às mãos com água e sabão ao longo do dia, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir e espirrar e utilizar máscaras em caso de coriza ou tosse", recomenda a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe.

Síndrome Respiratória Aguda Grave em nível nacional

Em nível nacional, observa-se sinal de queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave nas tendências de longo (últimos seis meses) e curto prazo (últimos três meses). Este cenário se deve ao início de queda dos casos de SRAG por influenza A e VSR em diversos estados, embora ainda com níveis elevados de incidência. O impacto nos casos e óbitos por SRAG nas crianças pequenas está associado principalmente ao VSR, seguido do rinovírus e da influenza A.

A análise aponta também consolidação do início de queda do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em todas as faixas etárias. No entanto, o cenário entre os estados é heterogêneo. As hospitalizações por SRAG entre crianças seguem aumentando em boa parte das regiões Sul, Nordeste e Norte do país. Entre os idosos, as hospitalizações continuam crescendo em alguns estados do Norte, Nordeste e Centro-Sul.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 37,5% de influenza A, 0,9% de influenza B, 45,6% de vírus sincicial respiratório, 19,2% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 75,4% de influenza A, 1,3% de influenza B, 13,4% de vírus sincicial respiratório, 8,9% de rinovírus e 3,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Covid tem menor prevalência, mas aparece

Em nível nacional, o cenário atual sugere que, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 37,5% de influenza A, 0,9% de influenza B, 45,6% de vírus sincicial respiratório, 19,2% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 75,4% de influenza A, 1,3% de influenza B, 13,4% de vírus sincicial respiratório, 8,9% de rinovírus e 3,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 110.412 casos de SRAG, sendo 56.864 (51,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 37.049 (33,6%) negativos, e ao menos 8.913 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Entre os casos positivos deste ano, observou-se que 26,3% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 45,4% de vírus sincicial respiratório 22% de rinovírus e 8,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 37,5% de influenza A, 0,9% de influenza B, 45,6% de vírus sincicial respiratório, 19,2% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19).