Paranaense não consegue alcançar o topo do Everest, maior montanha do mundo
Waldemar Niclevicz tentava repetir o feito de 30 anos atrás, mas o vento forte acabou o obrigando a recuar. Apesar disso, ele destacou outras conquistas que a empreitada proporcionou
O Paraná não conseguiu chegar novamente ao topo do Monte Everest, a maior montanha do mundo, com 8.848 metros acima do nível do mar. Na última semana o paranaense Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o gigante, anunciou que a missão de retornar ao topo do mundo após 30 anos do feito chegou ao fim. E apesar de não ter conseguido alcançar o cume da maior montanha, Niclevicz tratou de destacar outras benesses que sua empreitada propiciou.
Em suas redes sociais, o montanhista relatou que no dia 12 de maio (segunda-feira) chegou aos 8 mil metros do Everest. "Mas o vento estava muito forte, tivemos que recuar! Faltou tão pouco", lamentou ele, contando que está voltando ao Brasil também com uma infecção na garganta por causa das intempéries que enfrentou na expedição.
Apesar pela tristeza de não ter voltado ao topo do mundo, ele tratou de destacar que o mais importante não era chegar no cume da montanha, mas sim o propósito que havia o levado a tentar repetir o feito de três décadas atrás: levar a bandeira da Restauração Ecológica, estampada com a silhueta de uma araucária, símbolo da nossa biodiversidade ameaçada.
"Essa bandeira representa a Reserva Natural do Alpinista, que acabo de criar em Campo Largo (PR). Uma RPPN onde estamos restaurando a Floresta com Araucária, reintroduzindo abelhas nativas e protegendo as nascentes do rio Açungui. Graças aos patrocinadores da Expedição 30 Anos do Brasil no Everest, viabilizamos o plantio de 400 mudas enxertadas araucárias e o Plano de Manejo da RPPN, com diagnóstico da fauna, flora e regras para uso sustentável da área", escreveu Niclevicz.
Ainda segundo o montanhista, embora escalar o Everest seja difícil, "mais difícil ainda é plantar uma floresta viva, onde onças, veados e abelhas encontrem refúgio entre as árvores e nascentes. Esse é o verdadeiro Everest que estou escalando agora."
