Partido Progressistas não vai homologar candidatura de Moro ao governo do Paraná

Com o aval expresso do presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, que veio a Curitiba especialmente para tratar do assunto, o Progressistas do Paraná decidiu, em reunião nesta segunda-feira (8), que não vai homologar a candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do Paraná em 2026. Como Progressistas e União estão formando a Federação União Progressista, sem a assinatura do presidente nacional de um dos partidos, Moro não poderá registrar sua candidatura pela federação.

A imprensa fez contato com a assessoria de imprensa do senador Sergio Moro para ouvir o que ele tem a dizer sobre essa decisão. Assim que houver retorno, a resposta do senador será acrescentada à notícia.
Em entrevista depois da reunião, o senador Ciro Nogueira disse que a decisão regional será acatada integralmente. "Eu estou aqui para apoiar o nosso principal diretório, trazer a eles a nossa força, o nosso apoio, para que o nosso partido continue crescendo aqui no Paraná", disse o senador. Questionado se endossa qualquer decisão do partido no estado, respondeu: "Eu costumo dizer que o Ricardo (deputado federal Ricardo Barros) comanda o partido comigo a nível nacional, imagine no Paraná."
Ricardo Barros comunicou oficialmente a decisão do diretório no Paraná. "O Diretório Estadual do Progressistas aprovou hoje, por unanimidade, esta posição. Havia uma expectativa de que pudéssemos nos entender por um Brasil aqui no Paraná, mas isso não ocorreu ao longo desses sete meses, desde que a federação foi anunciada. Então, como para encaminhar um registro de chapa é preciso a assinatura do presidente Ciro Nogueira e do presidente Rueda (Antônio Rueda, presidente do União Brasil), no momento a nossa federação não tem consenso para registrar uma chapa majoritária", disse Barros.
Segundo ele, o partido está preocupado em formar uma boa chapa para a eleição proporcional. "Queremos eleger essa bancada de deputados que nós temos, cinco federais, sete estaduais. E para que a gente possa fazer isso, nós temos que ter a posição do partido", explicou.
O Progressistas, que está na base do governador Ratinho Junior, também pode lançar outro nome à eleição majoritária. "Nós já havíamos aprovado anteriormente, pela executiva, a candidatura da nossa governadora Cida Borghetti. Temos lideranças importantes do Paraná procurando por nossa federação para, eventualmente, na saída do senador Sérgio Moro, poder disputar pelo partido. E podemos apoiar também os outros que já se posicionaram. O governador Ratinho vai ter um candidato e certamente vai nos convidar para apoiá-lo, como já somos base do governo".
Uma das primeiras medidas é comunicar a decisão a Moro. "A posição agora é definir a questão com o senador Sérgio Moro. Posteriormente, formaremos outras deliberações aqui e ouvindo a todos. O importante é que este ponto fique claro, porque não temos mais tempo. Em abril, nós temos que estar com as chapas completas, com as lideranças filiadas e, obviamente, se não começarmos logo, não teremos sucesso para manter os sete deputados estaduais e os cinco deputados federais que temos hoje. A deliberação aqui foi que nossa executiva não homologar a candidatura do senador ao governo porque ele não conseguiu construir esse apoiamento ao longo desse período, dialogando com todos", finalizou Ricardo Barros.
A presidente estadual do Progressistas, deputada estadual Maria Victoria, também se manifestou. "Como presidente do Progressistas, eu quero agradecer a presença do nosso senador e presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, que nos dá hoje a sua confiança e a sua presença para a decisão que foi tomada aqui no nosso diretório, uma decisão unânime, sw que não homologaremos a candidatura do senador Sérgio Moro ao governo do Paraná pela federação. Ciro veio, confirmou a decisão que foi unânime. Agradeço aqui e a paz política no Paraná deve prevalecer", disse Maria Victória.
Segundo ela, não foi possível um entendimento com Moro. "Eu conversei bastante com o senador Sergio Moro, coloquei as posições dos partidos, tentei da melhor forma possível, através da comunicação, através da iniciativa desta parceria, que infelizmente não foi possível de ser consolidada no estado do Paraná com o Partido Progressistas", disse.


