Psicólogo é preso por abusar pacientes adolescentes em MG

Ação do Ministério Público e da Polícia Militar em Muriaé investiga crimes contra jovens, incluindo pessoas com deficiência
Uma operação conjunta do MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) e da PM-MG (Polícia Militar) resultou, nesta terça-feira (14), na prisão preventiva de um psicólogo suspeito de abusar sexualmente de adolescentes em Muriaé, na Zona da Mata mineira.
A ação, batizada de Operação Anjos da Guarda, foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
O investigado é acusado de cometer os abusos se aproveitando de sua posição profissional.
Segundo o MPMG, entre as vítimas há adolescentes com deficiência, o que agrava a vulnerabilidade dos casos sob apuração.
A operação também cumpriu três mandados de busca e apreensão e um mandado de suspensão de atividades econômicas ou financeiras, medida adotada para impedir que o exercício profissional fosse utilizado na prática de novos crimes.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, os agentes apreenderam materiais e dispositivos eletrônicos que serão submetidos a análise pericial. O objetivo é identificar novas vítimas e eventuais cúmplices do suspeito.
O promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco da Zona da Mata, afirmou que todo o material recolhido passará por avaliação detalhada.
Segundo ele, as investigações seguem em andamento, e os elementos obtidos poderão revelar a extensão dos crimes e o envolvimento de outras pessoas.
Gravidade na visão do Ministério Público
O Ministério Público destacou a gravidade das acusações, ressaltando que os crimes contra crianças e adolescentes possuem elevado grau de reprovabilidade social e jurídica.
A instituição frisou a gravidade adicional quando o autor dos abusos utiliza sua profissão para explorar a confiança e a vulnerabilidade emocional das vítimas.
O MPMG também solicitou que novas informações e denúncias sejam encaminhadas às Promotorias de Justiça de Defesa das Crianças e dos Adolescentes de Muriaé, que estão responsáveis por receber relatos e adotar as medidas legais cabíveis.
Com o avanço das investigações, as autoridades buscam reunir provas que permitam identificar a totalidade das vítimas e delimitar a responsabilidade penal do suspeito. O caso segue sob sigilo judicial.
