Psicólogo é preso por abusar pacientes adolescentes em MG

15/10/2025

Ação do Ministério Público e da Polícia Militar em Muriaé investiga crimes contra jovens, incluindo pessoas com deficiência

Uma operação conjunta do MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) e da PM-MG (Polícia Militar) resultou, nesta terça-feira (14), na prisão preventiva de um psicólogo suspeito de abusar sexualmente de adolescentes em Muriaé, na Zona da Mata mineira.

A ação, batizada de Operação Anjos da Guarda, foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

O investigado é acusado de cometer os abusos se aproveitando de sua posição profissional.

Segundo o MPMG, entre as vítimas há adolescentes com deficiência, o que agrava a vulnerabilidade dos casos sob apuração.

A operação também cumpriu três mandados de busca e apreensão e um mandado de suspensão de atividades econômicas ou financeiras, medida adotada para impedir que o exercício profissional fosse utilizado na prática de novos crimes.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, os agentes apreenderam materiais e dispositivos eletrônicos que serão submetidos a análise pericial. O objetivo é identificar novas vítimas e eventuais cúmplices do suspeito.

O promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco da Zona da Mata, afirmou que todo o material recolhido passará por avaliação detalhada.

Segundo ele, as investigações seguem em andamento, e os elementos obtidos poderão revelar a extensão dos crimes e o envolvimento de outras pessoas.

Gravidade na visão do Ministério Público

O Ministério Público destacou a gravidade das acusações, ressaltando que os crimes contra crianças e adolescentes possuem elevado grau de reprovabilidade social e jurídica.

A instituição frisou a gravidade adicional quando o autor dos abusos utiliza sua profissão para explorar a confiança e a vulnerabilidade emocional das vítimas.

O MPMG também solicitou que novas informações e denúncias sejam encaminhadas às Promotorias de Justiça de Defesa das Crianças e dos Adolescentes de Muriaé, que estão responsáveis por receber relatos e adotar as medidas legais cabíveis.

Com o avanço das investigações, as autoridades buscam reunir provas que permitam identificar a totalidade das vítimas e delimitar a responsabilidade penal do suspeito. O caso segue sob sigilo judicial.