Sony acusa Leonardo de golpe e mentira em briga judicial

Artista alega que contrato de 1998 não cobre mídias digitais; empresa nega, diz que Leonardo mente e alega prescrição de direitos

A Sony Music contestou na Justiça a ação movida pelo cantor Leonardo, que acusa a gravadora de explorar indevidamente suas músicas em plataformas de streaming. Em sua defesa, apresentada em setembro, a empresa acusa o sertanejo de mover uma ação recheada de mentiras, agir de má-fé e tentar ludibriar o Judiciário para usurpar direitos.
O processo foi iniciado por Leonardo, que alega que a Sony explora seu catálogo musical em mídias digitais não previstas no contrato original, assinado em 1998. O cantor afirma não receber os valores devidos por essa exploração online e pediu à Justiça uma liminar para impedir a gravadora de usar suas músicas.
Na contestação, a Sony Music desmentiu o artista, afirmando que um termo aditivo ao contrato já previa e regulava a comercialização de seus fonogramas pela internet. A gravadora também argumentou que Leonardo, já um artista de sucesso na época, tinha conhecimento suficiente para compreender o teor do contrato.
A defesa da Sony, distribuída em 75 páginas, alega ainda que os supostos ilícitos teriam mais de uma década. Por conta do tempo decorrido, a empresa argumenta que o direito do cantor a eventuais indenizações já estaria prescrito.
A gravadora declarou que o trabalho de investimento em sua carreira contribuiu para ampliar a fortuna de Leonardo e que, agora, ele busca tirar direitos legítimos da empresa. A Sony reafirmou ser a proprietária dos direitos sobre os fonogramas e videogramas do artista e o acusou de praticar um golpe contra a gravadora.


