Suspeitos de furtos em prédios de luxo no Paraná monitoravam vítimas pelas redes sociais, diz polícia

16/10/2024

Para entrar nos condomínios, suspeitos se passavam por familiares dos moradores. Eles também tinham acessos a banco de dados ilegais vendidos pela internet por outras quadrilhas, segundo polícia.

Para planejar os crimes, os suspeitos de furtos e roubos em prédios de luxo no Paraná e em outros estados monitoravam a vida das vítimas por meio das redes sociais. O objetivo, segundo a polícia, era agir quando tinham certeza de que elas não estavam em casa.

Além disso, conforme a corporação, os suspeitos usavam banco de dados ilegais vendidos pela internet por outras quadrilhas. Entre as informações acessadas estavam endereço e telefone das vítimas.

Cinco suspeitos de integrar o grupo foram presos na terça-feira (15) durante uma operação da Polícia Civil do Paraná em parceria com a corporação de outros estados.

No Paraná, o grupo é suspeito de cometer sete crimes em menos de três meses. Há vítimas, também, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina. O prejuízo, segundo a investigação, ultrapassa os R$ 50 milhões.

As investigações começaram há cerca de um ano, conforme a polícia.

De acordo com a corporação, os suspeitos atuavam em Curitiba há dois anos. Em três meses, sete apartamentos foram invadidos na capital paranaense. De um deles, os suspeitos levaram pelo menos R$ 10 milhões em objetos como relógios e joias.

Segundo a polícia, para entrar nos condomínios de luxo os suspeitos se passavam por familiares dos moradores e estavam sempre bem vestidos, na intenção de enganar os funcionários e porteiros.

Uma vez dentro dos condomínios, os suspeitos arrombavam os apartamentos e levavam objetos de valores altos, como joias e relógios.

"Esses indivíduos, utilizando-se de engenharia social, entravam na área social dos condomínios, muitas vezes passando por moradores ou visitantes. Com acesso ao condomínio, invadiam os apartamentos mediante arrombamento e subtraíam diversos objetos de valor, aproveitando-se da ausência dos proprietários", afirmou o delegado de Polícia Civil de Goiás, Altair Gonçalves Júnior.

Criminoso agrediu porteiro que suspeitou da farsa

Um dos suspeitos chegou a agredir um porteiro que suspeitou da farsa.

Nas imagens é possível observar que um homem chegou até a portaria do prédio, acenou para o porteiro e entrou no condomínio. Em seguida, conforme a polícia, ele tentou chamar um comparsa, como se fosse um amigo.

No entanto, o porteiro desconfiou da situação e os dois começaram a brigar fisicamente. Para se defender, o trabalhador usou um taco de golfe e o suspeito uma chave de fenda.

O porteiro ficou ferido e foi levado ao hospital.