Vídeo e prints de encontro: veja o que se sabe sobre a morte da garota de programa em Anápolis

Segundo delegado, o inquérito que investiga o caso foi concluído. O suspeito do crime foi preso um dia após a morte da vítima, de acordo com a polícia.
A garota de programa Samylla Alves Guimarães de Jesus, de 27 anos, foi morta a tiros em Anápolis, na região central de Goiás, segundo a Polícia Civil. O suspeito de ter cometido o crime chegou a ser filmado buscando a vítima minutos antes dela ser encontrada morta, segundo delegado responsável pelo caso, Cleiton Lobo.
A vítima foi encontrada morta na sexta-feira (18), e o suspeito foi preso um dia após o crime, no sábado (19). Após ser preso, o suspeito optou por ficar em silêncio, segundo o delegado. Como o nome do investigado não foi divulgado, a imprensa não conseguiu localizar a defesa dele.
Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
- Suspeito trocou mensagens com a vítima
- Carro foi filmado buscando Samylla
- Suspeito foi preso um dia após o crime
- Vítima expunha clientes nas redes sociais
- Inquérito é concluído
Suspeito trocou mensagens com vítima
Prints obtidos pela Polícia Militar em um dos celulares da vítima, e entregues à Polícia Civil, revelam mensagens trocadas entre Samylla e o suspeito do crime no dia dos fatos. Nas imagens, obtidas pela TV Anhanguera, o suspeito chegou a dizer que havia terminado um relacionamento e estava "carente"
"Larguei da mulher [há um] tempo aí. [Estou] meio carente e tal. Aí, tipo, ia ver com você porque sempre tive vontade, sabe? Algo diferente. Como podemos fazer?", escreveu o suspeito.
Cleiton contou a imprensa que os prints estavam em um celular antigo da vítima que ainda tinha acesso às suas redes sociais. Ele afirmou que, após a conversa inicial e uma ligação entre a vítima e o suspeito, eles continuaram a comunicação por outro aplicativo de mensagens. O celular atual da vítima não havia sido localizado até a conclusão do inquérito, segundo Cleiton.
Um dos prints mostra a ligação que foi feita pelo suspeito à vítima, que aconteceu às 18h26. Pouco mais de uma hora depois, o carro do suspeito foi filmado buscando Samylla.
Carro foi filmado buscando vítima
Após trocar mensagens com a vítima e fazer uma ligação marcando o encontro, o carro do suspeito foi filmado, às 19h34, buscando Samylla, que foi encontrada morta pouco mais de 30 minutos depois, segundo o delegado (veja acima).
Nas imagens, obtidas pela TV Anhanguera, o carro passa na frente do portão da casa onde Samylla estava e estaciona pouco mais à frente. Em seguida, ela sai em direção ao veículo com um vestido azul.
Suspeito foi preso um dia após o crime
Com a placa do veículo, que foi filmada pela câmera de monitoramento, a Polícia MIlitar conseguiu localizar e prender o suspeito do crime um dia após o ocorrido. De acordo com Cleiton, na casa do investigado, a Polícia MIlitar encontrou munições e uma camisa com uma pequena mancha de sangue.
Ainda de acordo com Cleiton, após a conclusão do exame cadavérico da vítima, ficou comprovado que o calibre das munições utilizadas contra Samylla e os encontrados na casa do suspeito são diferentes. Segundo o delegado, Samylla foi morta por disparos de calibre .38, e as munições encontradas na casa do suspeito são .32.
"Foram quatro disparos, dois com saída [do corpo], que se perderam, e dois ficaram com outro perito médico que recolheu, mandamos para a perícia e ambos são de calibre .38, não .32", afirmou Cleiton.
Mesmo assim, o delegado acredita que o suspeito cometeu o crime por conta do curto intervalo de tempo em que Samylla foi filmada entrando no veículo e, pouco depois, encontrada já sem vida.
Vítima expunha clientes nas redes sociais
A garota de programa chegou a enviar mensagens e expor clientes nas redes sociais que deviam dinheiro para ela, segundo delegado. Cleiton afirmou que isso pode ter criado inimizades.
"Ela enviava mensagens e publicou situações de pessoas que ficaram devendo a ela. Expôs publicamente. Então, algumas pessoas talvez ficaram chateadas com isso", destacou.
Cleiton contou que não houve indícios de que o suspeito teria sido exposto pela vítima. O delegado declarou que, até a conclusão do inquérito, não ficou concluído a motivação do crime ou se outras pessoas estiveram envolvidas no crime.
Inquérito é concluído
Com a conclusão do inquérito, Cleiton afirmou que o suspeito foi indiciado por homicídio qualificado, por não ter dado chance de defesa à vítima. Segundo ele, a perícia concluiu que Samylla foi morta por quatro tiros, sendo na cabeça, mão, tórax e ombro.
Cleiton destacou que enviou a camisa com a mancha de sangue para que pudesse ser examinada, mas declarou que o laudo não havia sido concluído até a finalização do inquérito, que aconteceu na quinta-feira (24). Ele afirmou que o documento seria encaminhado ao Ministério Público na sexta-feira (25).
A imprensa tentou entrar em contato com a Polícia Civil e o Ministério Público para confirmar se o documento foi enviado no dia planejado, e com o Tribunal de Justiça para saber se o suspeito continuava preso preventivamente pelo crime, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
